Grelha de Observação e Análise de Imagens
"Filósofo Meditando" - Rembrandt
Análise Formalista: Este quadro do pintor holandês Rembrandt (1606 - 1669) traduz a condição humana do pensar e de sua relação com a criação estética.
Esta obra merece uma atenção especial, sobretudo porque focaliza no ambiente da intimidade do pensador alguns elementos em contraste, como a escada em espiral, que se observa iluminada na sua base. Como no processo do conhecimento, também em espiral, a escadaria impõe um certo impulso inicial, movido pelo prazer clarividente da descoberta, mas que depois é marcado por vários contrapontos, entre eles a dúvida e os constantes embates com a experiência.
Análise Sociológica: A importância do processo do conhecimento para a história da filosofia, desde a Antiguidade, até ao momento em que se situa a obra de Rembrandt, isto é, na transição do período Medieval para a Modernidade, com a expressão marcante dos pensadores renascentistas, que haviam retomado temas clássicos nas suas obras, entre eles, o problema do conhecimento humano.
Análise Iconológica: Outro ponto interessante de ser abordado nesta tela do pintor holandês é o foco de luz vindo da janela, aspecto característico de muitas das suas obras, dominado pela fraca luminosidade de uma quase desapercebida lareira à direita.
O filósofo, na sua postura contemplativa, é como se estivesse a contemplar melodia matinal dos pássaros, ao amanhecer.
A presença de um jovem que cuida de uma pequena lareira, como a ilustrar a contraposição da vida contemplativa, representada pela presença do filósofo, e da vida operativa, cuja atividade é dada pela execução de um ofício.
Análise Estruturalista: A contraposição, já tinha sido abordada desde a sociedade grega, e que encontra agora, com o advento da Modernidade, profundas mudanças, dado que, o trabalho manual passa a ter predominância sobre a atividade teorética, ou vida contemplativa.
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